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86% dos brasileiros discordam do aumento do IOF para governo arrecadar mais, diz pesquisa

9 em cada 10 entrevistados também indicaram que a mudança deveria ser comunicada com antecedência à população

Três Poderes|Do R7, em Brasília

86% dos brasileiros discordam do aumento do IOF
86% dos brasileiros discordam do aumento do IOF Marcello Casal Jr./Agência Brasil - Arquivo

Uma pesquisa realizada pela Real Time nos dias 27 e 28 de maio de 2025 mostra que a maior parte da população brasileira desaprova o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) anunciado recentemente pelo Governo Federal. Segundo o levantamento, 86% dos entrevistados são contra o aumento do IOF como forma de ampliar a arrecadação federal, enquanto apenas 7% disseram concordar com a medida. Outros 7% não souberam ou preferiram não responder.

O levantamento revela também a preocupação generalizada com os impactos da medida sobre os brasileiros mais pobres e a falta de comunicação clara sobre a mudança.

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Quando questionados sobre quem deve ser mais prejudicado pelo aumento do imposto, 72% apontaram os brasileiros mais pobres como os mais afetados. 15% citaram a classe média, enquanto 9% disseram que os mais ricos serão os mais impactados. Já 4% não souberam ou não responderam.

Além da rejeição ao aumento, a pesquisa mostra que 91% dos entrevistados acreditam que esse tipo de medida deve ser comunicado com antecedência clara à população, reforçando críticas à forma como o anúncio foi conduzido. 5% consideram que a comunicação atual foi adequada.


O impacto prático da medida também já começa a influenciar decisões financeiras: 68% afirmaram que o aumento do IOF os faz repensar na hora de pegar empréstimos, parcelar compras ou realizar outras operações financeiras nos próximos meses.

Por fim, embora o tema tenha ganhado destaque recente, 21% dos entrevistados disseram não ter ouvido falar do aumento do imposto, o que aponta para desafios na comunicação institucional do governo com a população.


Entenda

Na última semana, o governo federal decidiu alterar as regras do IOF, ampliando a cobrança sobre diferentes transações financeiras, a partir de 1º de julho.

A modificação nas alíquotas do IOF incide sobre operações envolvendo crédito, seguros, câmbio e transferências ao exterior. Empresas serão as mais atingidas. A expectativa oficial é obter cerca de R$ 20,5 bilhões em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026 com a mudança.


A decisão veio seguida do congelamento de R$ 31,3 bilhões do Orçamento de 2025. A iniciativa busca conter despesas e manter as finanças públicas dentro dos limites fixados pela política fiscal.

No entanto, o aumento do imposto trouxe forte reação do mercado e do parlamento.

Após reunião com representantes de bancos, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Carnevalli Durigan, informou, na quarta-feira (28), que a equipe econômica estuda alternativas para substituir o aumento do imposto. Ele comentou a tensão entre o governo e o Congresso e indicou que a orientação é manter um diálogo para apresentar os motivos da alta. “A gente tem feito várias conversas, faz parte do jogo que a gente ouça as partes, entenda os impactos e faça os estudos necessários dadas as premissas que a gente tem apresentado”.

Já nesta quinta-feira (29), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), ressaltou a “insatisfação geral dos deputados” com a proposta de aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e deu o prazo de dez dias para que o governo apresente um “plano alternativo”.

“O clima na Câmara é para a derrubada do aumento do IOF. Por isso, ficou acertado com o ministro Haddad que o governo tem dez dias para apresentar um plano alternativo — algo consistente e que evite gambiarras tributárias que prejudicam o país”, afirmou em uma postagem nas redes sociais.

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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