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Satélite russo ligado a armas nucleares está ‘girando sem controle’ no espaço, dizem analistas dos EUA

O Cosmos 2553 orbita a cerca de 2.000 quilômetros da Terra, em uma região de alta radiação geralmente evitada por satélites de comunicação

Internacional|Do R7

Satélite foi lançado pela Rússia em fevereiro de 2022, semanas antes da invasão da Ucrânia
Satélite foi lançado pela Rússia em fevereiro de 2022, semanas antes da invasão da Ucrânia Reprodução/YouTube - @VideoFromSpace

Um satélite russo secreto, que autoridades dos Estados Unidos acreditam estar conectado a um programa de armas nucleares, parece estar girando descontroladamente no espaço. A avaliação, feita por analistas norte-americanos, aponta que o satélite Cosmos 2553 pode ter deixado de funcionar, o que seria um revés para os esforços de Moscou no desenvolvimento de armas espaciais.

Lançado pela Rússia em fevereiro de 2022, semanas antes da invasão da Ucrânia, o Cosmos 2553 já apresentava sinais de comportamento anormal há meses, segundo dos analistas. De acordo com dados do radar Doppler da LeoLabs e imagens da Slingshot Aerospace, o satélite teve vários episódios de rotação errática ao longo de 2024. Em novembro, a LeoLabs detectou movimentos incomuns e, em dezembro, elevou sua avaliação para “alta confiança” de que o satélite estava em queda livre.

O Cosmos 2553 orbita a cerca de 2.000 quilômetros da Terra, em uma região de alta radiação cósmica normalmente evitada por satélites de comunicação ou observação. Oficialmente, a Rússia afirma que o satélite é usado para testes de instrumentos em ambientes de alta radiação. No entanto, autoridades norte-americanas acreditam que ele serve como plataforma de testes para o desenvolvimento de armas nucleares capazes de destruir redes inteiras de satélites, como a constelação Starlink da SpaceX, utilizada por tropas ucranianas.

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O Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS), com sede em Washington, afirmou que a análise da LeoLabs “sugere fortemente que o satélite não está mais operacional”. O Comando Espacial dos EUA também confirmou mudanças na altitude do Cosmos 2553, mas se recusou a fazer avaliações sobre o funcionamento do satélite.


Apesar dos sinais de falha, observações mais recentes da Slingshot indicam que o satélite pode ter se estabilizado. Segundo Belinda Marchand, diretora científica da empresa, houve uma variação no brilho do objeto, o que inicialmente sugeria problemas, mas atualmente aponta para uma possível recuperação da estabilidade.

O episódio ocorre em meio à intensificação da corrida espacial entre Estados Unidos e Rússia. Nas últimas décadas, a competição, antes restrita à exploração espacial, ou a incluir tecnologias militares, com foco especial na proteção de satélites civis e militares.


Segundo o Comando Espacial dos EUA, a inconsistência entre a missão declarada pela Rússia e as características observadas do Cosmos 2553 aumenta o risco de interpretações equivocadas e de uma possível escalada militar no espaço.

O Cosmos 2553 é um dos diversos satélites russos sob suspeita de envolvimento em programas militares e de inteligência. Autoridades norte-americanas consideram que o desenvolvimento de armas antissatélite representa uma ameaça direta a infraestruturas espaciais dos EUA.


O Ministério da Defesa da Rússia ainda não se posicionou sobre as informações.

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