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Quem era Manuela, a cadela de três patas que inspirou o último desejo de Pepe Mujica

A fiel companheira do político teve vida marcada por um acidente e a promessa do ex-presidente de ter as cinzas espalhadas ao seu lado

Internacional|Do R7

O ex-presidente do Uruguai, Pepe Mujica, e sua cadelinha de estimação Manuela Instagram/fundacionanimalrescue

José “Pepe” Mujica, ex-presidente do Uruguai, sempre teve ao seu lado uma companheira inseparável: sua cadela Manuela, que o acompanhou por mais de duas décadas. A relação entre os dois ultraou a vida política e marcou o coração do líder, que pediu para que suas cinzas fossem espalhadas no local onde a cadela está enterrada, em sua chácara, em Rincón del Cerro, bairro rural de Montevidéu.

Manuela era filha da cadela da irmã da esposa de Mujica, Lucía Topolansky. Seu nome foi dado por uma vizinha, em homenagem à tartaruga Manuelita, de uma canção infantil argentina. Mesmo sem pedigree, tinha características da raça Foster e ganhou status de “rainha da casa” após a morte da primeira cadela do casal, uma pastor alemão que foi envenenada.

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Um momento marcante da vida de Manuela foi o acidente que a fez perder uma das patas. Enquanto acompanhava Mujica em suas tarefas rurais, ela foi perseguida por outros cães e acabou atingida pelo trator que o ex-presidente conduzia. Apesar da gravidade, a cadela sobreviveu e permaneceu ao lado da família, com privilégios como dormir ao lado da cama do casal.


O vínculo entre Manuela e Mujica era tão forte que a cadela demonstrava saudade quando ele se ausentava. Durante um mês em que o então ministro esteve hospitalizado, Manuela esperava ansiosa pelo seu retorno, expressando alegria visível no reencontro. Mujica também cuidava pessoalmente da alimentação da cadela, adaptando sua dieta com carinho.


Manuela esteve presente em muitos momentos importantes da vida pública de Mujica, acompanhando-o em reuniões, eventos oficiais e até mesmo em entrevistas. Sua simplicidade e lealdade se tornaram símbolo da vida austera e genuína do ex-presidente, que valorizava mais os animais do que as complexidades humanas.


Após a morte de Manuela em 2018, Mujica renunciou ao Senado e revelou sentir profunda falta da amiga fiel. Em entrevista à CNN no fim de 2024, afirmou que sua última vontade era ter suas cinzas depositadas na mesma terra onde Manuela repousa, numa demonstração de afeto e companheirismo que marcou sua vida.

Durante essa entrevista, Mujica também expressou seu pensamento sobre a existência, dizendo não acreditar em Deus e classificando a vida como “a aventura das moléculas”. No entanto, demonstrou esperança em um “além”, mesmo que não acreditasse plenamente, reforçando seu apego à simplicidade e à natureza.

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