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Dois em cada três engenheiros aprovam o mercado, mas reconhecimento ainda é desafio

Pesquisa diz que 67% dos profissionais estão satisfeitos com o trabalho; entre os descontentes, pouca valorização é o que mais pesa

Economia|Do R7

Engenheiros
67% dos engenheiros se dizem satisfeitos ou muito satisfeitos com o trabalho Fernando Frazão/Agência Brasil - 8.11.2024

O Confea (Conselho Federal de Engenharia e Agronomia) divulgou nesta quarta-feira (28) um levantamento sobre a percepção do mercado de trabalho por profissionais de engenharia, meteorologia e geociências registrados na entidade. Segundo a pesquisa, 67% dos profissionais se dizem satisfeitos ou muito satisfeitos com o mercado de trabalho, enquanto 28% se declaram insatisfeitos.

As principais razões que levam os profissionais a avaliarem positivamente o mercado são:

  • Mercado aquecido e muitas oportunidades de trabalho (citado por 59% dos profissionais satisfeitos).
  • Amor pelo trabalho/vocação (citado por 50%).
  • Reconhecimento/importância da profissão (citado por 50%).

Os altos salários são vistos como uma consequência positiva, com 18% apontando as boas perspectivas financeiras como motivo para escolher a profissão. Para os profissionais registrados no Confea, a atuação por vocação é um fator importante na satisfação com o mercado.

Para os profissionais insatisfeitos com o mercado de trabalho, a principal razão do descontentamento é a falta de valorização profissional (citado por 50%).


Outras razões mencionadas para a insatisfação incluem poucas vagas ou falta de oferta de trabalho (44%), salários baixos ou piso salarial defasado (37%), falta de regulamentação (15%), mau funcionamento do Confea/Crea (12%), mercado difícil para as mulheres (4%) e carga horária de trabalho excessiva ou muita demanda de trabalho (3%).

O conselho ouviu 48 mil pessoas entre os dias 23 de setembro de 2024 e 2 de fevereiro de 2025. A margem de erro da pesquisa é de 1 ponto percentual. O levantamento tem um índice de confiança de 95%.


Renda

Das pessoas entrevistadas pela pesquisa, 68% têm renda familiar mensal acima de 5 salários mínimos. Em comparação, dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2024 indicam que apenas 25% da população brasileira tem esse nível de renda familiar.

A renda familiar desses profissionais também é maior que a de advogados registrados na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), onde 48% têm renda familiar superior a 5 salários mínimos.


Na avaliação do presidente do Confea, Vinicius Marchese, os dados sobre remuneração informados pela pesquisa podem influenciar a formação de novos engenheiros, mas ele destacou que é preciso investir na valorização da categoria.

“A gente precisa de mais valorização, que vai muito além da remuneração financeira. Tem uma percepção de que a profissão é muito importante para o país, mas não tem uma percepção de que o país reconhece isso na gente como uma ferramenta de desenvolvimento”, comentou.

Além disso, Marchese comentou que o Brasil ainda não forma engenheiros em uma quantidade aceitável para o tamanho do país. Segundo o Confea, o Brasil tem 5 engenheiros para cada 1.000 habitantes. Nos EUA e no Japão, por exemplo, são 25 profissionais a cada 1.000 habitantes. Na Coreia do Sul, são 16 por 1.000. O Peru também está à frente do Brasil, com 10 a cada 1.000

“Se você pegar todos os países desenvolvidos, nenhum deles tem uma quantidade tão pequena de engenheiros como o Brasil tem em relação ao número da população. Então, para o Brasil acontecer, acho que é fundamental a gente aumentar a qualidade e a quantidade de profissionais.”

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