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R7 Brasília

Lula: Sem Caixa, não teríamos transformado em ‘marolinha’ o ‘tsunami’ da crise de 2008

Em evento que celebra os 164 anos da instituição pública, presidente destaca atuação do banco público

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Em evento, Lula ressalta atuação da Caixa Reprodução/Governo - 13.01.2025

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta segunda-feira (13), que a atuação da Caixa Econômica Federal e dos outros bancos públicos transformaram em ‘marolinha’ o ‘tsunami’ da crise financeira de 2008. A afirmação foi feita em evento, realizado em Brasília, que celebra os 164 anos da instituição pública.

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“Eu lembro que, sem a Caixa e demais bancos públicos, nós não teríamos transformado numa simples marolinha o tsunami da crise financeira que varreu o mundo em 2008″, disse.

A regulação no sistema financeiro que não existia na maioria dos países desenvolvidos inicialmente salvou o Brasil da pior crise financeira global desde a Segunda Grande Guerra, iniciada pelos Estados Unidos no comando de George W. Bush. No entanto, a desvalorização do dólar e medidas equivocadas de gestão da economia resultaram em desindustrialização e em rombo nas contas públicas brasileiras.

O professor da Escola Brasileira de istração Pública e de Empresas da Fundação Getulio Vargas Istvan Kasznar diz que o Brasil adotou um modelo de reação diferente do resto do mundo. “Naquela época, o Brasil não foi afetado à primeira vista porque tinha atrasado a desregulação de aplicações econômico-financeiras”, diz. O principal problema, ressalta, ocorreu na introdução de renúncias fiscais enquanto outros países reduziram gastos e buscaram austeridade.


Para tentar manter a economia aquecida em meio à crise que tomou proporções mundiais, o governo brasileiro adotou uma série de medidas, como redução de impostos para estimular o consumo, congelou preços do petróleo, subsidiou as tarifas de energia elétrica e ampliou as desonerações. “Embora tenha havido uma política monetária austera e correta, a política fiscal é uma das piores heranças que temos hoje, decorrente de uma forma equivocada de se interpretar a evolução cíclica da economia”, afirma Kasznar.

Lula participou do evento de forma remota e destacou a atuação da Caixa. “Entre 2003 e 2010, nós bancarizamos [termo para falar da inclusão bancária] 70 milhões de pessoas, o que na época era a população da Argentina e Colômbia juntas. Um dos momentos mais fantásticos foi aqui em Brasília quando fomos fazer a ficha bancária de uma catadora de material reciclável. E essa mulher começou a chorar porque nunca imaginou que poderia entrar num banco e mais ainda, uma conta no banco. Muitas vezes as pessoas que têm melhor qualidade de vida não tem noção do valor que as pessoas mais humildes dão as coisas que parecem elementares”, disse.


O presidente destacou que o povo brasileiro merece ser feliz. “Eu acredito num mundo melhor, onde todos os povos, sem exceção, podem viver livres das guerras, da fome, da desigualdade, dos desastres naturais provocados pela mudança do clima. Se tem um povo que merece ser feliz, é o povo brasileiro. Um povo que nunca desiste, mesmo quando o tempo lhe roubar um sonho e a esperança. Um povo que não foge a luta. Me refiro em especial a parcela mais sofrida da população. Ao longo desses cinco séculos de história, foram poucos os momentos em que o povo brasileiro recebeu de seus governantes o cuidado que merecem”.


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