Gleisi promete diálogo com partidos em comando da Secretaria de Relações Institucionais
Presidente do PT foi escolhida por Lula para substituir Padilha em pasta responsável por negociações com o Congresso; ministro vai para Saúde
Brasília|Lis Cappi, do R7, em Brasília

A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), confirmou ter aceito o convite para fazer parte do governo Lula como ministra da SRI (Secretaria de Relações Institucionais). Pelas redes sociais, nesta sexta-feira (28), Gleisi destacou a responsabilidade em assumir o posto, que deve ser oficializado em 10 de março. Ao citar a indicação, a futura ministra prometeu seguir em diálogo democrático com partidos, governos e lideranças políticas.
“Agradeço a confiança e o estímulo do presidente Lula neste novo desafio, na certeza de que vamos fazer o melhor pelo Brasil”, disse. “É dessa forma que espero corresponder à confiança do presidente, em uma construção conjunta com os partidos aliados, o Congresso Nacional e demais instituições”, completou, em outro momento.
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A chegada de Gleisi vem para substituir Alexandre Padilha, que estava na SRI e agora assumirá o Ministério da Saúde no lugar de Nísia Trindade, demitida do cargo.
Ao citar o convite, a futura ministra também lembrou de outras experiências durante a trajetória política, como quando atuou na Casa Civil, na Diretoria da Itaipu e na presidência do PT. Além disso, ela parabenizou a gestão de Padilha.
“Agradeço ao Partido dos Trabalhadores, dirigentes e militantes, pelo apoio que recebi nestes anos em que tive a honra de presidir o partido”, diz trecho do comunicado.
Mudanças na Esplanada
Essa movimentação é considerada o início de uma reforma ministerial, a segunda deste mandato. Em setembro de 2023, o presidente fez trocas para acomodar aliados do Centrão.
Especulações sobre eventuais novas mudanças na Esplanada começaram a circular no fim do ano ado, quando Lula criticou publicamente a divulgação das ações do governo, que fica a cargo da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência). Logo nos primeiros dias de 2025, o petista demitiu Paulo Pimenta e nomeou o publicitário Sidônio Palmeira, responsável pela campanha de Lula de 2022.
A saída de Nísia, portanto, foi a segunda mudança desta nova reforma. Segundo a Secom, a posse de Padilha na Saúde será na quinta-feira (6). Até lá, a pasta segue sob o comando de Nísia. Uma eventual saída da agora ex-ministra era esperada.
Nísia foi a terceira mulher a ser demitida do primeiro escalão do petista — todas foram trocadas por homens. Daniela Carneiro, que chefiava o Turismo, e Ana Moser, titular do Esporte, deixaram o governo em julho e setembro de 2023, respectivamente. O terceiro mandato de Lula começou com 11 ministras e, com a saída de Nísia, são nove mulheres à frente de ministérios. Considerando Gleisi na SRI, o número sobe para 10.