Chefe da Casa Civil diz que inflação acima do teto foi puxada por eventos climáticos
Rui Costa fala em acomodação com o pacote fiscal de medidas aprovadas no final do ano pelo Congresso
Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Os “eventos climáticos muito extremos”, como a seca e as enchentes no Rio Grande do Sul, levaram a inflação oficial do país a fechar em 4,83%, acima do teto da meta estipulada pelo próprio governo, de 4,5%. A justificativa foi dada nesta sexta-feira (10) pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa. E o Executivo fala em acomodação com o pacote de medidas fiscais aprovadas no final do ano pelo Congresso Nacional.
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“No ano de 2024 tivemos eventos climáticos muito extremos, tanto seca quanto enchentes em regiões produtoras, como o Rio Grande do Sul. Tanto é que o PIB cresceu, o resultado oficial deve sair em breve, mas em torno de 3,5%, 3,6%, tendo a indústria e a renda e o consumo puxando o PIB, e a agricultura negativa”, disse Costa, minimizando a inflação estourando o teto.
O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), a inflação oficial do país, fechou 2024 em 4,83%, acima do teto da meta estipulada pelo próprio governo, de 4,5%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em dezembro, o indicador acelerou para 0,52%, 0,13 ponto percentual acima da taxa de novembro (0,39%).
De acordo com Costa, “é evidente que essa variação da inflação tem impacto nesses dois eventos climáticos”. “Mas eu diria que isso deve se acomodar. E o conjunto de medidas fiscais votadas em dezembro vai dialogar e já está promovendo seus efeitos de reafirmar o absoluto compromisso fiscal do governo, trazendo de novo a inflação para dentro da meta e dentro dos limites previstos no conjunto da política econômica”, argumentou.