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Luiz Fara Monteiro

FAB perdeu quase 100 pilotos para a aviação privada e comercial em 2 anos

Entenda os motivos desta movimentação e o que o mercado civil oferece como atrativo aos aviadores

Luiz Fara Monteiro|Luiz Fara MonteiroOpens in new window

Companhias como a Emirates anunciam recrutamento de pilotos no Brasil Divulgação Emirates

A Força Aérea Brasileira tem lidado com um dilema em seus quadros de pilotos. Apesar da ótima formação entre seus aviadores, a FAB tem perdido uma boa parte desses pilotos para a aviação comercial e privada. Entre os motivos alegados por aqueles que buscam os novos horizontes, estão os baixos soldos, como os militares se referem aos salários, e o baixo aproveitamento no acúmulo de horas de voo.

Segundo dados publicados pela coluna Esplanada, nos 2 últimos anos as baixas - entre demissões e licenças - chegaram a 88 oficiais aviadores. Em 2023, foram registradas 17 baixas. Já em 2024, houve 30 e, em 2025, 41 baixas.

Segundo a assessoria da Força Aérea, “a movimentação de pessoal faz parte da dinâmica natural da Força. A FAB adota planejamento contínuo para manter a operacionalidade e a capacitação de seu efetivo, de forma a garantir o cumprimento de sua missão constitucional”.


A baixa geral no quadro de oficiais aviadores acontece em um momento em que a movimentação de ageiros nos aeroportos brasileiros batem recordes sucessivos. O fluxo doméstico alcançou 7,9 milhões de ageiros, enquanto o setor internacional pela primeira vez ultraou 2 milhões de ageiros movimentados em abril, como noticiou o blog essa semana.

As companhias aéreas que operam voos domésticos no Brasil aproveitam a qualidade dos aviadores originários da FAB para renovar seu quadro de piloto, oferecendo salários e benefícios mais atraentes, além de um plano de carreira mais vistoso. A LATAM tem anunciado sucessivas buscas por profissionais do setor. A GOL, que deve concluir sua recuperação judicial em breve, se prepara para fortalecer seu quadro de pilotos, assim como a Azul.


Outro atrativo para os aviadores vem do exterior. A Emirates, uma das maiores companhias do mundo anunciou que irá recrutar pilotos brasileiros no próximo mês, em evento que ocorrerá em São Paulo. A companhia dos Emirados Árabes anunciou mudanças que incluem aumento de salário, novas funções e mudanças nos critérios de elegibilidade. Vale lembrar que em Dubai, sede da companhia, trabalhadores são isentos de impostos. Junto à contratação vem benefícios como escolha da cidade / país onde o profissional deseja morar, escola particular paga aos filhos e bônus que podem equivaler a vários meses de salário. Em mais um exemplo, a Singapore Airlines, que registrou lucros recordes em 2024, anunciou recentemente que esse ano pagará um bônus equivalente a 7,4 meses de salário a todos os seus trabalhadores.

Na aviação executiva o campo de trabalho também é auspicioso. O mercado na América Latina movimentou cerca de US$ 650 milhões em 2024 e deverá atingir US$ 1,31 bilhão até 2029, de acordo com um levantamento do Mordor Intelligence.


Especificamente no Brasil, que tem a segunda maior frota de Aviação Geral do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, a quantidade de jatos executivos já superou 10 mil unidades. Segundo a ABAG, Associação Brasileira de Aviação Geral, ao longo de 2024, a frota de aeronaves da Aviação Geral cresceu 5,75%, mais do que o PIB brasileiro, estimado em 3,8%. No ano ado, nosso segmento ou de 10.053 aeronaves para 10.632. Por tipo de aeronave, o aumento da frota registrado foi de: Turboélices: 17%; Jatos: 15%; helicóptero turbina: 8%; aviões a pistão: 2% e helicóptero a pistão: 1%.

Falando em operações, dados da consultoria Argus Internacional dizem que, em 2024, o número de voos da aviação geral subiu 7,3%, sendo que nos Estados Unidos este crescimento foi de 4,1% e na Europa de 1,3%. No restante do mundo, ou seja, no mundo emergente onde o Brasil está situado, o crescimento foi muito maior, na casa de 30%.

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