Ovos de Páscoa aumentam três vezes mais que a inflação nos supermercados
Segundo a Abras, os principais produtos típicos registram, em média, elevação de 12,5% em relação ao ano anterior

Os preços dos ovos de chocolate e produtos relacionados, como bombons, mini-ovos, coelhos e barras, registraram aumento médio de 14%, segundo a Abras (Associação Brasileira de Supermercados). O índice equivale a três vezes a inflação do período, de 5,06% acumulado nos últimos 12 meses, segundo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).
Os principais produtos típicos registram, em média, elevação de 12,5% em relação ao ano anterior. Já as colombas ficaram 5% mais caras.
Entre os produtos importados, a elevação foi, em média, de 20%, com destaque para o azeite (+18%), bacalhau (+10%) e vinhos importados (+7,5%).
Nas bebidas, também foram observadas altas nos preços da cerveja (+5%), refrigerante (+6%) e vinho nacional (+7%).
Apesar do aumento de preços, a Abras estima que o consumo deve crescer até 12%, durante o período da Páscoa neste ano. Emprego, renda e estratégias do varejo estimulam a alta do consumo.
“Apesar da pressão inflacionária observada nos itens sazonais, o cenário aponta para uma Páscoa de consumo aquecido. O equilíbrio entre renda disponível e ações comerciais bem estruturadas deve garantir o bom desempenho do período, reafirmando a data como uma das mais relevantes para o consumo das famílias.”
Estratégias
Cerca de 65% das redes supermercadistas indicam que irão oferecer promoções específicas para a data. Segundo a Abras, metade do setor reforçou parcerias com indústrias e fornecedores, garantindo maior variedade e condições competitivas para itens como ovos de chocolate, colombas e produtos de confeitaria.
Outra estratégia é a ampliação da oferta de marcas próprias, representando aproximadamente 20% do mix relacionado à Páscoa, especialmente nas categorias de ovos de chocolate e panificados, como alternativa de menor custo sem renunciar à qualidade.
Nas lojas físicas, 53% dos estabelecimentos mantêm a tradição das clássicas “parreiras de teto”, reforçando a atmosfera sazonal. Paralelamente, o e-commerce consolida-se como um canal estratégico, presente em 30% das redes.
A expectativa é que 51% do abastecimento dos lares para a Páscoa se concentre na última semana antes da data, com destaque para o sábado que antecede o feriado, responsável sozinho por 20% do fluxo nas lojas.