Estados Unidos critica reconhecimento do resultado da eleição na Venezuela
O anúncio foi divulgado pela Embaixada norte-americana

A embaixada dos Estados Unidos divulgou uma nota criticando o reconhecimento do resultado das eleições presidenciais da Venezuela. O posicionamento do governo de Joe Biden foi cirúrgico. Veio após o Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela reconhecer a vitória de Nicolás Maduro nas eleições de 28 de julho.
A Corte judicial recebeu as atas eleitorais do Conselho Nacional Eleitoral, em 5 de agosto, para investigação, e decidiu não torná-las públicas. Apenas declarou a vitória de Maduro. Enquanto isso, os chanceleres do Brasil e da Colômbia articulam os desdobramentos do caso.
Leia a nota na íntegra:
Declaração dos Estados Unidos sobre a decisão do Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela
Declaração do primeiro porta-voz adjunto Vedant Patel
23 de agosto de 2024
“O Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela decidiu ontem que Nicolás Maduro venceu a eleição presidencial de 28 de julho contra Edmundo Gonzalez, candidato da oposição democrática. Essa decisão não tem credibilidade, dada a evidência esmagadora de que Gonzalez recebeu a maioria dos votos em 28 de julho.
As atas de apuração em nível distrital disponíveis publicamente e verificadas de forma independente mostram que os eleitores venezuelanos escolheram Edmundo Gonzalez como seu futuro líder. A vontade do povo venezuelano deve ser respeitada. Agora é o momento para os partidos venezuelanos iniciarem discussões sobre uma transição respeitosa e pacífica de acordo com a lei eleitoral venezuelana, e os desejos do povo venezuelano.
As tentativas contínuas de reivindicar fraudulentamente a vitória de Maduro só agravarão a crise em curso. Os Estados Unidos pedem que Maduro liberte aqueles que foram detidos por exercerem seu direito à liberdade de expressão.
Os Estados Unidos e a comunidade internacional continuarão a defender os eleitores venezuelanos, cuja vontade e direitos têm sido continuamente prejudicados desde 28 de julho. Estamos prontos para apoiar um processo inclusivo, liderado pela Venezuela, visando restabelecer as normas democráticas.”