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Como devem ser as novas buscas pelo voo MH370, que sumiu misteriosamente há 11 anos

Empresa de robótica marítima responsável pela operação receberá US$ 70 milhões (R$ 396 milhões) se encontrar o avião, segundo o governo da Malásia

Internacional|Do R7

Voo MH370 da Malaysia Airlines, que desapareceu há mais de dez anos, era operado por um Boeing 777 Reprodução/X/@OnDisasters

O governo da Malásia aprovou nesta quarta-feira (19) uma nova busca pelos destroços do voo MH370 da Malaysia Airlines, que desapareceu misteriosamente com 239 pessoas a bordo, em 2014.

A decisão, anunciada mais de uma década após o sumiço da aeronave, reacende as esperanças de resolver um dos maiores enigmas da aviação mundial.

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A operação será realizada pela empresa de robótica marítima Ocean Infinity, sediada nos Estados Unidos, e cobrirá uma área de 15 mil km² no Oceano Índico Meridional, de acordo com um comunicado divulgado pelo ministro dos Transportes da Malásia, Anthony Loke.

O acordo, firmado sob a política de “sem descoberta, sem taxa”, prevê um pagamento de US$ 70 milhões (cerca de R$ 396 milhões) à empresa, mas apenas se os destroços forem localizados, segundo o comunicado.


O voo MH370 decolou de Kuala Lumpur, capital da Malásia, rumo a Pequim, na China, nas primeiras horas de 8 de março de 2014. Menos de uma hora após a decolagem, a aeronave perdeu comunicação com o controle de tráfego aéreo e saiu da rota planejada, como indicam as detecções de radares.

Investigadores acreditam que o Boeing 777 caiu no sul do Oceano Índico, mas as causas do acidente permanecem desconhecidas até hoje.


“Estamos comprometidos em continuar a operação de busca e proporcionar um encerramento para as famílias dos ageiros do MH370”, disse Loke.

A nova busca, que deve durar 18 meses, foi autorizada após negociações concluídas este mês, embora o aval inicial tenha sido dado em dezembro do ano ado, com base em novos indícios considerados “críveis” pelas autoridades.


Histórico de buscas frustradas

Essa não é a primeira tentativa de localizar os destroços do MH370. Entre 2014 e 2017, uma operação multinacional envolvendo Malásia, Austrália e China vasculhou 120 mil km² do Oceano Índico, a um custo de US$ 150 milhões (cerca de R$ 850 milhões), mas terminou sem sucesso.

A própria Ocean Infinity já havia conduzido uma busca privada durante três meses, em 2018, cobrindo outra área do oceano. As investigações também foram finalizadas sem resultados promissores.

Na época, os governos dos três países envolvidos afirmaram que novas buscas só seriam retomadas diante de “evidências plausíveis” sobre a localização do avião. Desde então, apenas fragmentos de destroços, supostamente do MH370, foram encontrados em costas do Oceano Índico e ilhas próximas, segundo a Al Jazeera.

Mistério persistente

O desaparecimento do voo, que levava 227 ageiros e 12 tripulantes de mais de uma dúzia de países -- incluindo 153 chineses e 38 malaios --, gerou inúmeras teorias. Alguns especulam que o piloto teria derrubado o avião intencionalmente, enquanto outros sugerem que a aeronave foi abatida por uma força militar.

Uma investigação de 2018, segundo a BBC, apontou que os controles do avião foram manipulados deliberadamente para desviá-lo, mas não identificou o motivo. “A resposta só será conclusiva se os destroços forem encontrados”, concluíram os investigadores à época.

Familiares dos ageiros, especialmente os chineses, têm pressionado por respostas. No início de março, eles se reuniram com autoridades em Pequim para discutir a retomada das buscas e pedir uma investigação independente.

Ao mesmo tempo, entes queridos também moveram ações de indenização contra a Malaysia Airlines, a Boeing, a Rolls-Royce e o grupo segurador Allianz, de acordo com a Al Jazeera.

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