Inflação oficial perde força em janeiro e alcança menor índice para o mês desde 1994
Nos últimos 12 meses, o avanço acumulado está em 4,56%
Economia|Victoria Lacerda e Rafaela Soares, do R7, em Brasília

A inflação oficial do país perdeu força e marcou 0,16% em janeiro, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira (11). O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) apresentou uma redução em relação a dezembro, quando os preços aumentaram 0,52%.
Nos últimos 12 meses, o avanço acumulado está em 4,56%. Segundo o IBGE, este é o menor IPCA para o mês desde a implantação do Plano Real, em 1994.
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O setor de Transportes foi o que mais pressionou a inflação, registrando alta de 1,30%, impulsionado pelo aumento das agens aéreas (10,42%) e do ônibus urbano (3,84%).
Já o grupo de Alimentação e Bebidas teve alta de 0,96%, puxado pelo aumento da cenoura (36,14%), tomate (20,27%) e café moído (8,56%).
Por outro lado, Habitação teve a maior queda, com uma redução de 3,08%, ajudando a segurar o índice. A principal razão foi a queda no preço da energia elétrica residencial (-14,21%), devido ao Bônus de Itaipu, que reduziu o valor das contas de luz.
O aumento no transporte público impactou diretamente o IPCA. Algumas cidades tiveram reajustes nas tarifas:
- Belo Horizonte: aumento de 9,52% a partir de 1º de janeiro;
- Rio de Janeiro: aumento de 9,30% a partir de 5 de janeiro;
- Salvador: aumento de 7,69% a partir de 4 de janeiro;
- São Paulo: aumento de 13,64% a partir de 6 de janeiro.
Além disso, os combustíveis subiram 0,75%, com destaque para o etanol (1,82%), óleo diesel (0,97%) e gasolina (0,61%).
Como a inflação variou nas cidades?
Entre as regiões pesquisadas, Aracaju teve a maior variação, com 0,59%, influenciada pelo aumento das agens aéreas. Já Rio Branco registrou a menor taxa, com queda de 0,34%, devido à redução na conta de luz (-16,60%).
O INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que mede a inflação para famílias com renda de até 5 salários mínimos, não teve variação em janeiro e ficou em 0,00%.
Nos últimos 12 meses, o INPC acumula alta de 4,17%, abaixo dos 4,77% registrados no período anterior.
O principal impacto veio dos alimentos, que subiram 0,99%, enquanto os itens não alimentícios tiveram queda de 0,33%.
Entre as cidades, Salvador teve a maior alta (0,47%), enquanto Rio Branco registrou a maior queda (-0,49%), novamente influenciada pela energia elétrica mais barata.
INPC
O INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) não teve variação de dezembro para janeiro e a taxa ficou em 0,00%. Na ótica dos últimos doze meses, o índice ficou em 4,17%, abaixo dos 4,77% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2024, a taxa havia sido de 0,57%. O índice se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo que o chefe da estrutura familiar é assalariado.
Os produtos alimentícios desaceleraram de dezembro (1,12%) para janeiro (0,99%). A variação dos não alimentícios ou de 0,27% em dezembro para −0,33% em janeiro.
Regionalmente, a maior variação ocorreu em Salvador (0,47%), influenciada pela alta do ônibus urbano (6,00%). A menor variação ocorreu em Rio Branco (-0,49%), por conta do recuo da energia elétrica residencial (-16,60%).