Em ata, Copom mantém tom duro e deixa futuro da taxa de juros em aberto
Documento detalha última reunião do comitê que elevou Selic para 10,75% ao ano, e cita ‘ambiente externo desafiador’
Economia|Do R7, com Estadão Conteúdo

O Banco Central divulgou nesta terça-feira (24) a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que elevou a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para 10,75%. No texto, o comitê afirmou que os próximos ajustes na Selic e a magnitude total do ciclo de aumento dos juros serão determinados pelo “firme compromisso de convergência da inflação à meta”. O documento detalhou o que levou a cúpula da instituição a realizar o primeiro aumento da taxa do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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“O cenário, marcado por resiliência na atividade, pressões no mercado de trabalho, hiato do produto positivo, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas, demanda uma política monetária mais contracionista”, diz a ata do Copom.
Na reunião da última quarta-feira (18), o comitê citou o ambiente externo desafiador marcado pelo “momento de inflexão do ciclo econômico nos Estados Unidos” e “por menor sincronia nos ciclos de política monetária entre os países”.
A decisão foi unânime e veio alinhada às expectativas do mercado financeiro, que projetava a elevação da Selic — a taxa estava em 10,5% ao ano.
Na ata, a cúpula do BC voltou a dizer que uma política fiscal crível, embasada em regras previsíveis e transparência em seus resultados, em conjunto com estratégias fiscais que sinalizem e reforcem o compromisso com a meta fiscal nos próximos anos são importantes para as expectativas de inflação.
Também são essenciais para a redução dos prêmios de riscos dos ativos financeiros, consequentemente impactando a política monetária, de acordo com o documento.
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