Após novas ameaças tarifárias de Trump, dólar volta a cair e fecha a R$ 5,78
Resultado ocorre em meio às promessas de Trump de taxar em 25% as importações de aço e de alumínio
Economia|Do R7

Após novas promessas tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o dólar voltou a registrar uma leve queda nesta segunda-feira (10) e fechou a R$ 5,78, uma variação de 0,13%. A moeda norte-americana vem registrando oscilação desde que o republicano assumiu o controle do país e chegou a ter 12 baixas consecutivas nas últimas semanas.
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O resultado desta segunda ocorre em meio às falas de Trump de taxar em 25% as importações de aço e de alumínio, o que pode prejudicar as exportações brasileiras ao país.
Durante conversa com jornalistas no domingo (9), o presidente norte-americano explicou que os EUA vão cobrar o mesmo nível de taxas impostas pelos parceiros comerciais.
“Não vai afetar todos os países, porque há alguns com os quais temos tarifas similares, mas com aqueles que estão tirando vantagem dos EUA, teremos reciprocidade”, disse.
Mais cedo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo brasileiro só se manifestará após a efetivação da medida. “O governo tomou uma decisão de só se manifestar oportunamente com base em decisões concretas, e não em anúncios que podem ser mal interpretados ou revistos. O governo vai aguardar a decisão oficial antes de qualquer manifestação”, disse Haddad.
Inflação
Ainda no cenário interno, o relatório Focus, divulgado nesta segunda, aponta que a projeção da inflação para este ano subiu para 5,58%, ficando 1,08 ponto acima do teto da meta de 4,50%. Há uma semana, o boletim previa que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) fecharia este ano em 5,51%.
A queda da moeda ocorre, além por causa da promessa feita por Trump de taxar aço e alumínio, em um período de tensão comercial entre China e Estados Unidos.
Na última semana, o país asiático anunciou tarifas de importação sobre produtos dos Estados Unidos depois de Trump aumentar as taxas sobre mercadorias chinesas.
Soma-se ao contexto a divulgação de dados fracos da economia dos EUA — o número de vagas de trabalho abertas no país caiu 556 mil em janeiro.