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‘Careca do INSS’ ostenta carros de luxo, mansões e offshore em paraíso fiscal, aponta PF

Polícia Federal diz em relatório que o empresário teria reado R$ 9,3 milhões a servidores do INSS suspeitos de corrupção

Cidades|Do R7 e Do Estadão Conteúdo

PF apontou que o 'Careca do INSS' possuía muitos bens Reprodução/LinkedIn

O empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, é apontado pela Polícia Federal como o principal operador financeiro do esquema de fraudes que causou um prejuízo de R$ 6,3 bilhões a milhares de aposentados.

Os advogados Alberto Moreira e Flávio Schegerin, que defendem o empresário, afirmam que as acusações “não correspondem à realidade dos fatos” e que a inocência dele será comprovada ao fim da investigação. O “Careca do INSS” se tornou um dos alvos de buscas na Operação Sem Desconto, deflagrada na semana ada.

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Segundo a PF, pessoas e empresas relacionadas a ele receberam R$ 48,1 milhões diretamente de associações suspeitas de golpes em aposentados, além de R$ 5,4 milhões de empresas ligadas a essas entidades, totalizando R$ 53,5 milhões.

O empresário teria reado R$ 9,3 milhões a servidores do INSS suspeitos de corrupção.


Ele é descrito no inquérito como “pagador de vantagens indevidas” e alguém “profundamente envolvido no esquema de descontos ilegais”.

O escândalo põe sob pressão o ministro Carlos Lupi (Previdência) e levou à queda de Alessandro Stefanutto — em meio à ordem judicial que decretou seu afastamento do cargo, ele pediu demissão.


“Antônio Carlos Camilo Antunes, também conhecido como o ‘Careca do INSS’, desempenha o papel de facilitador no esquema, atuando como consultor para várias entidades que firmaram acordos de cooperação técnica com o INSS”, diz o relatório da PF.

Patrimônio de R$ 14,3 milhões

Segundo o documento, “Antunes, por meio de suas empresas, destacando-se a Prospect Consultoria Empresarial, é responsável por intermediar as negociações e movimentar os recursos financeiros”.


Apenas em 2024, o empresário e a mulher dele alcançaram um patrimônio de R$ 14,3 milhões por meio de transações imobiliárias.

O “Careca do INSS” é sócio de 22 empresas, algumas com personalidade jurídica própria, estratégia usada para blindar os controladores. São empresas de consultoria, call center, construção e incorporação.

As companhias foram constituídas em período contemporâneo aos rees das associações e sindicatos investigados por fraudes no INSS. Algumas têm o mesmo telefone e endereço em Brasília.

“Verificou-se que as empresas de Antônio Carlos Camilo Antunes operaram como intermediárias financeiras para as entidades associativas e, em razão disso, receberam recursos de diversas associações que, em parte, foram destinados a servidores do INSS”, afirma a Polícia Federal.

Antunes também é dono de uma offshore nas Ilhas Virgens Britânicas, paraíso fiscal no Caribe, que comprou quatro imóveis em Brasília e São Paulo, avaliados em R$ 11 milhões.

Segundo a PF, a empresa foi constituída para “blindar o patrimônio ilegítimo amealhado”.

Além disso, o empresário detém uma frota de carros de luxo, como Porshe, BMW, Audi e Jaguar. Um dos veículos, um Porshe Taycan 2022, foi transferido para a mulher de um ex-dirigente do INSS, aponta a investigação.

Dinheiro incompatível com renda

O dinheiro movimentado nas contas do empresário é incompatível com sua renda declarada e com suas participações societárias, conforme a Polícia Federal.

“No interregno de pouco mais de 150 dias, Antônio Carlos Camilo Antunes movimentou R$ 12.240.873,00 em 3 IFs (instituições financeiras) distintas”, destaca a PF para ilustrar o volume de transações.

Além disso, segundo os investigadores, as movimentações financeiras do “Careca do INSS” seguem um padrão suspeito: “realizava rees no mesmo dia do recebimento, mantendo saldo pouco significativo disponível em conta, indicando possível urgência em dificultar o rastreamento dos valores”.

Como mostrou o portal Metrópoles, que revelou a “Farra do INSS”, Antunes tem procurações para atuar em nome de associações investigadas por golpes nos aposentados, o que levantou suspeitas da PF.

O que diz a defesa de Antônio Antunes

Alberto Moreira e Flávio Schegerin, sócios do escritório Moreira e Schegerin Advogados, responsáveis pela defesa técnica de Antônio Antunes, esclarecem que não comentam processos em curso, principalmente os que tramitam em segredo de Justiça.

Reforçam, contudo, que as acusações apresentadas contra seu cliente não correspondem à realidade dos fatos.

“A defesa confia plenamente que o tempo propiciará uma apuração adequada dos fatos, possibilitando uma atuação ampla e isenta por parte das instituições, em harmonia com o Estado Democrático de Direito. Estamos certos que ao longo do processo, a inocência de Antônio será devidamente comprovada”, dizem os advogados.

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