Serviço Militar Feminino já registrou 27,5 mil alistamentos; inscrições vão até 30 de junho
Ministério da Defesa disponibilizou 1.465 vagas, distribuídas em 28 cidades de 13 estados, além do Distrito Federal
Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Inédito no Brasil, o alistamento para o Serviço Militar Inicial Feminino está com as inscrições abertas desde janeiro. Até o dia 4 de abril, um total de 27.511 mulheres se alistaram em todo o país. O prazo segue até 30 de junho, com 1.500 vagas abertas para as pessoas do sexo feminino que completam 18 anos em 2025 e sonham entrar para a corporação como soldados.
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Para serem aprovadas, as candidatas precisam atender os critérios estabelecidos, como idade, peso, altura e força. Após o alistamento, será realizada a seleção e, depois, a incorporação às Forças Armadas. Para as mulheres, o serviço militar se torna obrigatório a partir do momento da issão. Sendo assim, as selecionadas ficam obrigadas a prestar o serviço militar pelo período de um ano, em 2026.
As candidatas não precisam ter formação educacional complementar, e o procedimento é gratuito, ou seja, não há pagamento de nenhuma taxa. Depois do cumprimento do serviço militar, as primeiras mulheres vão receber o Certificado de Reservista no Brasil. Em caso de guerra, elas estarão aptas a atender uma eventual convocação.
Para a primeira turma, o Ministério da Defesa disponibilizou 1.465 vagas em diversas regiões do país, sendo 1.010 para o Exército, 300 para a Aeronáutica e 155 para a Marinha. Os postos estão distribuídos em 28 cidades de 13 estados, além do Distrito Federal. Depois do serviço prestado, as mulheres vão para a reserva não remuneratória.
No Dia do Exército, comemorado em 16 de abril, o comandante do Exército, general Tomás Paiva, afirmou que a imparcialidade e o profissionalismo sempre devem nortear as ações e destacou que, a partir de 2026, as mulheres serão incorporadas à força terrestre. O militar ainda sugeriu ao governo federal “atenção redobrada” em investimentos na área da Defesa.
“A partir do próximo ano, refletindo nosso compromisso com a igualdade de oportunidades, as mulheres também serão incorporadas à Força Terrestre. A implementação do Serviço Militar Inicial Feminino reforça o alicerce fundamental da defesa de nossa nação, bem como destaca a confiabilidade em nossa instituição, haja vista terem sido contabilizados, até a presente data, cerca de 30 mil alistamentos de mulheres”, afirmou Paiva.
Antes, o ingresso de mulheres no serviço militar era majoritariamente por concursos públicos para cargos específicos de nível superior, como medicina, engenharia e direito. Atualmente, as Forças Armadas contam com 37 mil mulheres - cerca de 10% de todo o efetivo.
Processo
O processo de recrutamento para o Serviço Militar Inicial Feminino tem cinco fases: alistamento, comissão de seleção geral, designação de onde os inscritos devem comparecer, seleção complementar e incorporação. No caso das mulheres, elas serão incorporadas ao longo de 2026. Depois, prestam o trabalho temporário com os mesmos direitos, deveres e salários que os homens selecionados.
De acordo com a Defesa, o serviço militar é temporário e dura 12 meses. Caso a mulher decida seguir carreira militar, deverá ter curso superior e ser aprovada em concurso público específico para escola de formação militar. A candidata aprovada vai ar, então, pelos cursos específicos. Após essas etapas, as militares serão consideradas de carreira.
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