PF investiga ataque de caminhoneiro a posto da Polícia Rodoviária no Distrito Federal
Motorista, que retornava para São Paulo após uma entrega em Brasília, colidiu intencionalmente contra uma estrutura da PRF
Brasília|Giovana Cardoso, do R7, em Brasília

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, disse que a Polícia Federal abriu um inquérito para investigar o caso de um caminhoneiro que bateu intencionalmente em viaturas da Polícia Rodoviária Federal nesta quarta-feira (26), no Recanto das Emas, no Distrito Federal. As investigações devem apurar se o caso é isolado ou se está ligado a uma tentativa de terrorismo, conforme dito pelo autor do crime.
Segundo o ministro, o caso é visto como “bastante preocupante”. “Na medida que uma carreta se joga contra um posto da Polícia Rodoviária Federal e só não pôde atingi-lo porque havia obstáculos na frente, e o autor disse que praticou um ato terrorista insurgindo-se contra o julgamento que está sendo realizado no STF, é um fato que preocupa as autoridades”, disse.
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Ainda de acordo com Lewandowski, a PF vai investigar quais foram as intenções do autor, se existem ligações externas ou se foi um ato “praticado em um momento de insensatez”.
O motorista, que retornava para São Paulo após uma entrega em Brasília, colidiu intencionalmente contra uma estrutura do posto policial e viaturas da PRF que estavam estacionadas na área externa da unidade.
De acordo com o órgão, o caminhão circulava em alta velocidade quando atingiu barreiras utilizadas para canalizar o fluxo viário, ultraando o bloqueio policial e avançando pelo acostamento. O motorista teria perdido o controle, e o veículo ou sobre um quebra-molas, colidindo com as viaturas.
“Ao ser abordado, o motorista declarou que pretendia atingir a estrutura da PRF por motivações políticas. Submetido ao teste do etilômetro, foi constatado o índice de 0,95 mg/L (miligramas de álcool por litro de ar alveolar), valor quase três vezes superior ao que configura crime de trânsito. Além disso, o homem tentou subornar os policiais, oferecendo dinheiro para ser liberado”, informou a PRF.