Na China, Lula diz que Brasil não tem medo de competir com os EUA nem de retaliações
Após encontro com Xi Jinping e de 36 acordos, presidente diz esperar que Donald Trump compreenda iniciativas
Brasília|Do R7, em Brasília

Durante entrevista coletiva em Pequim, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva descartou receio de possíveis retaliações dos Estados Unidos após a aproximação entre Brasil e China.
O comentário ocorreu após ser questionado sobre medidas adotadas por Donald Trump, como o aumento de tarifas contra diversos países. Esta semana, porém, EUA e China anunciaram redução de taxas.
“O Brasil não tem medo de competir com os EUA. Não temos medo de retaliação. O Trump toma as medidas que ele acha melhor para os Estados Unidos. E eu faço o mesmo com o Brasil. Espero que o Trump compreenda isso”, disse Lula.
O presidente participou nesta terça-feira (13) do Fórum da Celac (Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos), em Pequim, ao lado do presidente chinês, Xi Jinping. No encontro bilateral, Brasil e China am 36 acordos em áreas como comércio, tecnologia, energia e meio ambiente.
Segundo Lula, os compromissos visam fortalecer parcerias estratégicas sem submissão a pressões externas.
Irritação com pergunta sobre TikTok
Lula se mostrou incomodado com notícias sobre uma suposta pergunta da primeira-dama Janja Lula da Silva a respeito da plataforma TikTok.
“Acho estranho é como essa pergunta chegou à imprensa. Alguém teve a pachorra de ligar para alguém e contar uma coisa que era confidencial”, afirmou Lula, ao comentar o vazamento da informação.
Segundo o presidente, foi ele quem abordou o tema. “Eu que fiz a pergunta, não foi a Janja. Perguntei para ele se era possível mandar para o Brasil alguém para conversar sobre o mundo digital, sobre principalmente o TikTok. Sobre a regulamentação das redes sociais”, explicou.
Lula acrescentou que Janja complementou a conversa. “A Janja pediu a palavra para explicar o que estava acontecendo e ele disse que o Brasil tem o direito de fazer a regulamentação. Foi uma coisa simplesmente normal, e ele vai mandar uma pessoa”, disse.
Ao defender a atuação da primeira-dama na reunião, Lula afirmou: “O fato da minha mulher ter pedido a palavra é porque ela não é cidadã de segunda classe e ela entende mais do que eu”.
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