Lula diz que não se conforma com tarifaço imposto pelos EUA aos países do mundo
Declaração foi feita durante fórum de empresários em Pequim, na China, nesta segunda-feira
Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que não se conforma com tarifaço imposto pelos Estados Unidos aos países do mundo e voltou a defender o multilateralismo. O pronunciamento foi feito durante fórum de empresários em Pequim, na China, nesta segunda-feira (12), onde o presidente cumpre agenda oficial e deve realizar reunião bilateral com o presidente chinês, Xi Jinping.
“É muito importante dizer para vocês que não existe saída para um país sozinho, é preciso que a gente tenha consciência que precisamos trabalhar juntos. Por isso que eu não me conformo com a chamada taxação que o presidente dos Estados Unidos [Donald Trump] tentou impor ao planeta terra do dia para a noite”, disse.
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Lula afirmou que foi o multilateralismo, depois da segunda guerra mundial, que garantiu a harmonia entre os Estados.
“Não foi o protecionismo. O protecionismo no comércio pode levar à guerra, como já aconteceu tantas vezes na história da humanidade. O que nós queremos é o multilateralismo para que a gente possa praticar o livre comércio, a gente exporta o que a gente quiser, a gente compra o que a gente quiser, sem precisar ninguém tentar impor qualquer diminuição na soberania de nenhum país”, defendeu.
Fórum empresarial
O fórum empresarial que teve a participação de Lula nesta segunda-feira reuniu cerca de 200 empresários brasileiros e 200 executivos chineses. O evento foi organizado pela ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), em parceria com os ministérios das Relações Exteriores e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. A comitiva presidencial na China foi formada por ministros, parlamentares e governadores.
Na terça-feira (13) de manhã (horário local), Lula participa da 4ª reunião ministerial do Fórum China-Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos). De tarde, o petista deve ter reuniões bilaterais com o presidente chinês, Xi Jinping, e outras autoridades do país. Em seguida, deve haver de acordos e parcerias entre Brasil e China.
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