Fux chama de ‘bisbilhotagem ridícula’ espionagem ilegal da Abin
Alguns servidores faziam parte de uma organização criminosa voltada ao monitoramento ilegal de autoridades

O ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal), classificou como “bisbilhotagem ridícula” a espionagem ilegal realizada pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência). Ele afirmou,nesta terça-feira (6), ter sido envolvido na investigação após a divulgação de uma fake news.
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Segundo as investigações, havia uma organização criminosa voltada ao monitoramento ilegal de autoridades públicas. O grupo também usava os sistemas da Abin para produzir notícias falsas, segundo a Polícia Federal.
A declaração de Fux foi dada em sessão da Corte que julga nesta terça-feira (6) a denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) contra o núcleo 4 pela tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. O julgamento ocorre na Primeira Turma.
Se houver necessidade, haverá uma sessão na quarta-feira (7). Segundo a PGR, foram feitas “operações estratégicas de desinformação” e os denunciados teriam divulgado notícias falsas sobre as eleições, além de orquestrar ataques virtuais a instituições e autoridades.
No núcleo 4 estão:
- Ailton Gonçalves Moraes Barros (major da reserva do Exército);
- Ângelo Martins Denicoli (major da reserva);
- Giancarlo Gomes Rodrigues (subtenente);
- Guilherme Marques de Almeida (tenente-coronel);
- Reginaldo Vieira de Abreu (coronel),
- Marcelo Araújo Bormevet (policial federal);
- Carlos Cesar Moretzsohn Rocha (presidente do Instituto Voto Legal).
Se a denúncia for aceita, os alvos viram réus. Nessa fase, o colegiado examina se a denúncia atende aos requisitos legais e avalia se a acusação apresentou elementos suficientes para a abertura de uma ação penal contra os acusados.
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