Em depoimento, brigadeiro relata silêncio de almirante Almir Garnier sobre minuta de golpe
Brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, ex-comandante da Aeronáutica, detalhou reuniões feitas depois das eleições de 2022
Brasília|Victoria Lacerda, do R7, em Brasília

Durante depoimento no STF (Supremo Tribunal Federal), o brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, ex-comandante da Aeronáutica, detalhou reuniões realizadas no Ministério da Defesa após as eleições de 2022.
Questionado sobre a presença do almirante Almir Garnier dos Santos, Baptista Júnior disse que, na reunião em que foi apresentada a minuta golpista, Garnier não expressou nenhuma reação contrária ao conteúdo.
“Ele não falou sobre isso”, afirmou. O brigadeiro também destacou que teve pouco tempo na ocasião e que, ao chegar e ao sair, os demais já estavam presentes.
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Baptista ainda confirmou que não participou da reunião do dia 7 de dezembro e retornou a Brasília no dia 12.
Ele também mencionou a existência de encontros entre os comandantes e o então procurador-geral da República, Augusto Aras, conforme relatado em livro publicado por Aras, mas não entrou em detalhes sobre o conteúdo dessas conversas.
Segundo ele, no encontro de 11 de novembro daquele ano, o então ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, atualizou os três comandantes militares sobre as conclusões do relatório das Forças Armadas.
O documento havia sido entregue dois dias antes, confirmando a ausência de fraudes no processo eleitoral.
Baptista Júnior chefiou a instituição durante o governo de Jair Bolsonaro e foi ouvido como testemunha na ação que julga o chamado núcleo 1 de réus por tentativa de golpe de Estado. A oitiva ocorre por videoconferência conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.
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